A NFPA – National Fire Protection Association – oferece mais de 300 normas e manuais para proteção contra incêndios nos Estados Unidos e Canadá. Porém, devido à falta de legislação local em setores específicos, elas se tornaram referência em diversos outros países, como é o caso do Brasil para as máquinas pesadas.
As Normas NFPA 17 (Norma para Sistemas de Extinção com Pó Químico Seco) e NFPA-17A (Norma para Sistemas de Extinção com Produtos Químicos Líquidos) apresentam requisitos para o projeto e fabricação de sistemas completos. Elas são disponibilizadas para leitura sem qualquer custo para o usuário bastando um cadastro em https://www.nfpa.org/for-professionals/codes-and-standards/list-of-codes-and-standards/free-access
A NFPA não oferece títulos de certificação para produtos e sim para profissionais do setor de proteção contra incêndios.
A Norma UL-1254 (Underwriters Laboratories – Sistemas de Extinção Pré-Calculados e Calculados de Pó e Pré-Calculados de Espuma) não é disponibilizada sem custo à exemplo das NFPA. E, diferente delas, a UL-1254 apresenta um conjunto de roteiros de ensaios aos quais um sistema precisa ser submetido e aprovado para garantir que ele cumpre os requisitos de um sistema de combate ou supressão de incêndios.
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – por sua vez é a entidade brasileira que traduz e chancela as normas internacionais ISO e apresenta alternativas para o mercado brasileiro nos casos em que a nossa legislação apresenta certas lacunas. É esse o caso dos veículos (máquinas) off-road, florestais e de agronegócio, para os quais foi criado um procedimento específico PE 223.09 que se baseia tanto na Norma ABNT ISO 9001 quanto nas específicas de supressão de incêndios NFPA 17, 17A e UL-1254. Para ficar bem claro, a ABNT submete sistemas fabricados no Brasil aos testes exigidos pela UL-1254 que por sua vez se baseiam nas exigências das NFPA-17 e NFPA-17A.
Agora você entende por que um sistema fabricado no Brasil, que segue as mesmas normas internacionais, não deve nada aos importados em termos de qualidade e eficácia?