A reposta correta é “depende”. Cada agente tem suas particularidades, sendo importante conhecer como agem principalmente o Pó Químico Seco e o Líquido Gerador de Espuma.
Também é importante conhecer o que determinam as normas NFPA-17 e NFPA-17A.
Como age o Pó Químico Seco
O Fosfato Monoamônico ao ser injetado em um ambiente em chamas age nas seguintes frentes:
- Partículas muito finas do pó (da ordem de pico-metros) combinam-se com os radicais livres em uma reação endotérmica (absorve calor) impedindo a reação desses com o oxigênio;
- O pó assenta sobre as diversas superfícies do ambiente em chamas (incluindo as inclinadas) provendo uma camada que isola o oxigênio do combustível, contribuindo para interromper a queima;
- O nitrogênio que é injetado junto com o pó parte de uma ampola onde está pressurizado e ao ser liberado reduz sua temperatura (expansão de um gás), contribuindo para a redução da temperatura do ambiente em chamas;
- O nitrogênio juntamente com o pó diminui automaticamente a concentração de oxigênio do ambiente (dois corpos distintos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo).
Como age o Líquido Gerador de Espuma
Líquidos geradores de espuma têm melhor eficiência em superfícies planas, como tanques de combustíveis em chamas. Nesse tipo de aplicação a espuma forma um colchão sob o qual surge um filme aquoso que isola o oxigênio do combustível. No entanto ele também é usado em superfícies irregulares, como é o caso da região dos motores diesel nas máquinas pesadas, por exemplo. E age da seguinte forma:
- Resfria a ambiente por se tratar de um líquido que está em uma temperatura bem abaixo das substâncias em combustão;
- Nas superfícies onde o líquido não escorre ou evapora e poder haver a formação de “flocos” de espuma isolando o oxigênio do combustível, contribuindo para interromper a queima;
- Contribui para a redução da concentração de oxigênio do ambiente através das suas gotículas tanto da espuma quanto do vapor que é gerado após seu contato com as partes quentes;
- Se injetado junto com o nitrogênio (somente alguns sistemas disponíveis no mercado) a ação desse gás contribui tanto para reduzir a concentração de oxigênio quanto para a redução da temperatura (gás em expansão tem sua temperatura automaticamente reduzida).
Como as Normas NFPA-17 e NFPA-17A podem ajudar na escolha do sistema
A NFPA-17 determina que em uma área enclausurada onde as aberturas não fecháveis (janelas de ventilação, grades fixas, etc) forem menores do que 1% da área total (considerando o somatório das laterais, teto e piso), é aplicável o processo de inundação total com pó químico seco (item 7.1.2 e Capítulo 6 – Total Flooding Systems). A norma recomenda que aberturas entre 1% e 5% precisam ser compensadas com acréscimo de pó, que entre 5% e 15% com uma quantidade ainda maior e que acima de 15% é preciso haver um projeto específico para aplicação local, ou seja, diretamente sobre o(s) ponto(s) que se deseja proteger.
Já a NFPA-17A trata de sistemas à base de líquidos não especifica o ambiente de aplicação, uma vez que ela se concentra em determinar os requisitos do sistema e incluir as mesmas exigências da NFPA-17 para componentes, documentação e detalhes de projeto.
É óbvio que não é apenas o critério de ambiente enclausurado ou ambiente aberto que define qual agente aplicar, até porque as máquinas podem não ter essa característica claramente definida, mas predominante nos pontos de maior risco. Há aplicações em que um determinado agente extintor não pode ser usado devido à natureza do material onde a máquina trabalha. Outros fatores como acúmulo de materiais combustíveis no interior das máquinas durante sua operação podem aumentar a dificuldade da extinção e risco de reignição espontânea. Sendo assim, é através de uma avaliação do risco que se determina o melhor agente para cada aplicação, se pó, espuma ou até mesmo uma combinação de ambos (sistemas duais).
O sistema APAGA é seguro? Funciona mesmo?
A família de produtos APAGA utiliza a mesma filosofia de projeto e fabricação amplamente testada e utilizada ao longo de décadas por outros fabricantes consagrados. Os componentes são os mesmos ou similares de mesma qualidade. E para atestar a funcionalidade a APAGA submeteu seu projeto, construção e documentação ao crivo da ABNT que certificou os produtos com base em rigorosa auditoria.
Antes de comprar um sistema de combate a incêndios saiba quanto custa a recarga
TCO – Total Cost of Ownership ou Custo Total de Propriedade é uma fórmula de cálculo do custo de uma ativo que leva em consideração não apenas o valor de aquisição, mas também outras despesas ao longo de toda a sua vida. Considerando de um sistema de combate ou supressão de incêndios dura a vida da máquina (e em alguns casos pode ser reaproveitado se a máquina tiver aposentadoria precoce), devem ser previstas recargas no médio e longo prazo. Portanto, nunca compre um sistema desses sem saber quanto custa uma recarga, pois ela pode sair tão cara quanto um sistema novo. E isto certamente vai gerar aborrecimentos futuros e talvez até arrependimento. Pense nisso e fale conosco.